sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vamos conhecer a peça?


Escrita em 1957, a comédia trata do tema casamento por dinheiro. A ação se passa na casa da matriarca de uma família, dona Guida. O velho “golpe do baú” é o fio condutor da trama, cujo enredo flerta com a literatura de cordel e os folguedos populares do Nordeste.
          O enlace é entre Geraldo (Edgleydson Tavares) e Lúcia (Larisse Barbosa). Ele é o único filho de uma família rica da cidade e está prestes a receber uma gorda herança familiar. Ela, uma bela moça vinda de Recife, se instala com sua família em Taperoá (PB) na tentativa de armar o golpe. A noiva vai para a cidade com mala, cuia e família: a mãe Susana Claudia (Mércia Renata) e o amante Roberto Flávio (Eduardo Alves), que ela apresenta ao noivo como sendo seu primo. A atitude da jovem casamenteira desperta dúvidas em amigos e familiares do rapaz apaixonado, que tentam impedir a cerimônia. Desconfiada da índole da moça, dona Guida (Giovana Freire) faz tudo para acabar com o casamento. O noivo, por sua vez, nem imagina que a sua amada é uma trambiqueira e que está planejando um golpe para depená-lo.
         Os empregados da família, Cancão (Alice Alves) e Gaspar (Maryana Beatriz), são uma recriação de João Grilo e Chicó (célebres personagens de O Auto da Compadecida) que se envolvem na história para tirar vantagem da situação envolvendo a  Juíza Nunes (Samara Karoline) e o Frei Roque (Marcio Alves) em suas trapalhadas.
        Personagens que se passam por outros, tramoias planejadas que são descobertas, cenas absurdas e quiproquós engraçados recheiam a trama. Ninguém imaginaria que um casamento fosse dar em tanta confusão. A trupe de farsantes vinda da capital jamais imaginaria se deparar com a astúcia dos sertanejos.
       No texto, Suassuna expõe o jogo de interesses entre as pessoas e as suas fragilidades morais. Ninguém sai ileso e o herói também surge às avessas. Cancão encarna o verdadeiro manipulador e conhecedor dos inúmeros truques necessários à sobrevivência. O resultado é muita confusão, qüiproquó, tramóia, sátira às instituições, crítica aos membros da Igreja e da Justiça e muito riso.

A companhia



Minerarte é um misto de Mineração e Arte. Precisávamos de um nome, alguém sugeriu esse e acabou ficando. "É, dona Lúcia, assim é a vida. O que é que se pode fazer?". Mas, convenhamos, não ficou ruim. Ainda não somos capazes de entender porque uma turma de Técnicos em Mineração precisa participar de um projeto de Artes Cênicas, mas, como não ser reprovado na disciplina de Arte é preciso, teremos de enfrentar o desafio. E já começamos! Nos próximos posts, você poderá conferir as fotos dos nossos ensaios.

O recomeço

Olá pessoal,

O blog da Companhia de Teatro Minerarte agora está sob nova direção. Não se engane, não somos profissionais. Somos apenas meros alunos da turma de Técnicos em Mineração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, vulgo IFRN/CEFET/ETFRN. Como bons estudantes, aceitamos a contragosto,  sob o comando e orientação da docente Elane Simões, o desafio de encenar numa bendita peça a ser apresentada numa mostra teatral em nossa instituição. “O casamento suspeitoso”, de Ariano Suassuna, será a nossa grande peleja.

Sejam bem-vindos!